Em 2014, seja mais que professor, seja educador!

31/12/2013 17:54

É comum percebermos uma grande difusão dos termos professor e educador como sinônimos perfeitos. Contudo, considero que há nesta análise um ponto crucial que deve ser (e talvez não tenha sido) observado: Professor é profissão, Educador é filosofia de vida. Assim, em uma observação mais direta e seguindo este raciocínio, são conceitos distintos, mesmo que, em grande parte, estejam caminhando juntos no processo pedagógico escolar.

O Dicionário Aurélio Escolar conceitua o professor como “aquele que ensina uma técnica, uma arte, uma ciência”. Contudo, o mesmo dicionário nos remete a ideia de um educador como alguém que “promove o desenvolvimento da capacidade intelectual, moral e física (de alguém ou de si mesmo)”. Percebemos, nestes termos, algumas diferenças: o professor configura-se como um profissional voltado a transmissão de conhecimentos, conceitos e técnicas específicas. Trata-se, então, de uma profissão. Já o educador, em seu conceito primário, já está direcionado à questão da formação moral e ao desenvolvimento.

Mas, nestas linhas não existe o propósito de desconfigurar a figura do professor, e sim de salientar que estes devem ser mais educadores do que apenas professores, ou seja, tratar a arte da docência não apenas como uma profissão (com métodos e técnicas próprias), mas sim como um caminho para desenvolver pessoas, fomentar a ética, a moral e a cidadania. Ser exemplo. Mas, qual a motivação para a construção deste texto, afinal? Ora, atualmente ainda observamos uma infeliz realidade: professores que não são educadores. Professores que apenas transmitem o que sabem, mas não absorvem as experiências da pluralidade cultural de seus alunos; professores que possuem ótimas técnicas para transmitir uma disciplina ou um assunto específico, mas são maus exemplos de postura e de comportamento não apenas na sala de aula, mas, principalmente fora dela. Professores que assumem uma postura arrogante perante seus alunos, sem abrir espaço para o diálogo e sem a devida humildade para aceitar opiniões diferentes, mesmo que contraditórias com as suas. Que exemplo dará um professor que, em sala de aula, consegue explicar toda a história da humanidade, mas que fora dela adota uma postura antiética, preconceituosa ou vícios antissociais? Neste caso, ele será apenas um profissional de sua área, mas estará longe de ser o formador de opinião e o mediador de saberes sociais, culturais e valores morais que a prática docente tanto necessita nos dias contemporâneos, principalmente diante de uma sociedade cada vez mais inquieta, exigente e consumista.

Convido-os a trocarmos experiências e fomentarmos esta discussão, que está ainda muito longe de chegarmos a um consenso no âmbito educacional. E convido ainda a exercitar a prática pedagógica com olhares diferentes em 2014: incrementar a metodologia em sala de aula, fazer parcerias profissionais (estimular o Networking), compartilhar material com colegas de área, ouvir mais os alunos, estimular o potencial criativo, dar exemplo e ser exemplo. Contudo, já de antemão, fortaleço a ideia de que nem todo professor é educador, mas todo educador configura-se, em plenitude, como um professor para a vida (a dele e de seus semelhantes).  

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