A importância da Gestão do conhecimento para o capital humano nas organizações

23/10/2013 18:22

Começando pela consideração de que o Capital Humano corresponde à totalidade dos conhecimentos explícitos (identificamos visivelmente) e os conhecimentos tácitos (não visíveis nem explicáveis), podemos afirmar que a gestão estratégica do conhecimento, sem sombra de dúvidas, constitui-se como um dos principais recursos para crescimento de uma instituição, visto que todas as decisões, modelos de gestão, aperfeiçoamentos profissionais, desempenho na produção, manutenção e difusão da marca e sua respectiva valorização depende imprescindivelmente dos conhecimentos com os quais a organização pode contar. Conhecimento pode ser visto como uma coisa que a gente nasce sem, mas morre com, ou seja, vamos incorporando durante a fantástica aventura do saber. Vale ressaltar, todavia, que esses mesmos conhecimentos que constroem o sucesso da empresa necessitam ser metodologicamente e estrategicamente analisados, fomentados e aperfeiçoados através de uma boa gestão, devendo ser ler levado em conta tanto os valores da imagem da organização quanto sua política de estratégia no mercado.

Observando as várias conceituações que se dão sobre a atual sociedade, é notória a ênfase que se costuma dar à palavra “conhecimento” ou seus derivados. Sendo assim, podemos considerar que o conhecimento se tornou o bem mais valioso do século e nas organizações ele (o conhecimento) acaba por se tornar a válvula de condução para os objetivos primordiais da maior parte das organizações: a lucratividade. Conhecimento também gera autoconfiança e, neste sentido e para as pessoas de modo individual, conhecimento se faz como promotor de autonomia. Faz-se necessário, então, uma boa gestão do conhecimento para o alcance de resultados mais rápidos, mais concisos e mais significativos. Para isso, a organização precisa do capital humano bem preparado, o que ficará a cargo de uma boa estratégia e boa política de gestão do conhecimento. Segundo Eduardo Lapa, em seu artigo “Os três pilares da gestão do conhecimento”, as empresas que terceirizam trabalhos costumeiramente não retém o conhecimento das empresas prestadoras de serviços. Afirma, ao mesmo tempo, que há uma tendência da falta de comprometimento dos funcionários para com as empresas, considerando que, atualmente, os jovens buscam uma variedade de experiências profissionais e estão sempre em busca de novos desafios na carreira, sendo a rotatividade uma espécie de estratégia para esta finalidade. Isto se deve muito às novas possibilidades de acesso à informação, aos modelos de empresas e organizações, além da provocação constante das mídias ao consumismo exagerado, pelo qual os jovens profissionais podem assimilar às necessidades de consumir novos paradigmas profissionais, novos modelos de trabalho, novos valores empresariais, novos ambientes. A ideia de consumo vai sendo fincada na mente dos profissionais, seja consumo de bens, de conhecimentos ou consumo de novas experiências de serviço.

A Gestão do Conhecimento poderá encarregar-se de sistematizar todo esse processo de aquisição de novas informações, novos modelos de trabalho, novo rol de conhecimentos para utilizá-los e institui-los de uma maneira mais dinâmica dentro das organizações. É justamente a gestão de conhecimentos que poderá responder (ou esquematizar) algumas das indagações como, por exemplo, no que se refere às habilidades vitais que as pessoas devem ter para se situarem neste novo modelo de sociedade e questionamentos sobre o que seria melhor para cada instituição (recrutamento ou seleção), além de possibilitar diagnósticos sobre questões comportamentais e motivacionais.

As pessoas envolvidas nas organizações regularmente são rodeadas por momentos de tomada de decisão. A indecisão, por sua vez, tem origem na falta de determinados conhecimentos sobre assuntos ou questões pontuais. Porém, quem detém o conhecimento possui maior facilidade para decidir sobre isto ou aquilo. E o conhecimento pode vir de várias fontes: experiências familiares, escola e até mesmo do próprio trabalho. Visto a variedade de fontes e formas, o conhecimento deve ser gerido e melhor aproveitado quando se tem relação direta com alguma instituição, na chamada Gestão Estratégica do Capital Humano. Há de ser considerado (e muito) que os clientes estão cada vez mais exigentes e mais espertos. Como bem explicitou João Beserra da Silva em seu texto Capital Intelectual – Gestão do Conhecimento, “as mudanças estão aí em todos os campos, igualmente grandes. Quem estiver desatualizado, estará fadado a ficar no passado e ser ultrapassado, perdendo a noção do presente, onde se situam as nossas ações”.

Diariamente praticamos inconscientemente o que já sabemos. Entretanto, quando estamos falando de organizações, estes conhecimentos devem ser bem administrados e utilizados como forma de promover o bem-estar da instituição e de aperfeiçoamento significativo dos indivíduos que dela participam. A Gestão do Conhecimento se encarregará de dar cor e forma aos significados e importância dos conhecimentos já enraizados e dos conhecimentos adquiridos pelos profissionais, exercendo papel modelador e estruturador das infinitas possibilidades de renovação, inovação e produtividade das organizações e seus parceiros internos e externos.

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